Nesta sexta-feira, 29 de setembro, os aguardados dados relativos à inflação real, especificamente o Índice de Gastos Pessoais (PCE, na sigla em inglês), foram revelados, mostrando um modesto aumento de 0,1% no mês de agosto. O PCE é um indicador fundamental para avaliar a inflação nos Estados Unidos e exerce influência significativa na formulação das políticas monetárias pelo Federal Reserve (Fed).
Essa divulgação surpreendeu ao ficar abaixo do consenso de mercado, que previa um aumento de 0,2% no índice. No entanto, ao compararmos com o mesmo período do ano anterior, o PCE registrou um aumento de 3,9%, em conformidade com as previsões da Refinitiv.
Embora esses números possam parecer positivos à primeira vista, o banco Citi expressou preocupações quanto a possíveis riscos de uma aceleração substancial da inflação em 2024. No entanto, é importante destacar que a divulgação do PCE não altera a perspectiva macroeconômica do banco para os Estados Unidos.
O Citi ressaltou que a desaceleração da inflação observada recentemente pode não ser duradoura, mencionando que, embora o consumo real tenha se mantido praticamente inalterado em agosto em comparação com o mês anterior, houve um aumento significativo em julho. Isso sugere que a desaceleração pode não ser uma tendência consolidada.
O relatório do Citi enfatiza que as revisões indicam que o núcleo da inflação do consumo continua a superar a meta de 2%. A sólida demanda dos consumidores pode permitir que as empresas repassem os aumentos nos custos de energia e mão de obra para os preços.
Por sua vez, o JPMorgan, em nota aos investidores institucionais, destacou que o aumento no PCE estava em linha com suas expectativas, embora um pouco abaixo do consenso de mercado. O banco também observou que o consumo real cresceu 0,6% em julho antes de desacelerar em agosto.
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