28/10/23
A exchange de criptomoedas Gemini entrou com uma ação judicial contra a Genesis Global, sua ex-parceira de negócios, relacionada ao seu produto Gemini Earn, buscando reaver mais de 60 milhões de ações do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) que foram oferecidas como garantia.
No contexto do processo de falência da Genesis, a Gemini almeja obter o controle das ações do GBTC, que, segundo a Gemini, "garantiriam e satisfariam completamente as reivindicações de todos os clientes" do Earn, cujos fundos ficaram congelados quando a Genesis suspendeu os saques no ano passado.
A ação alega que "a Genesis tomou repetidas medidas para prejudicar os usuários do Earn e dificultar e atrasar a recuperação de seus ativos digitais". E acrescenta que "é hora de resolver essas questões, permitindo que a Genesis siga adiante com um plano razoável de reorganização, enquanto a Gemini distribui os proventos da garantia aos usuários do Earn".
A movimentação ocorre uma semana após a Procuradora-Geral de Nova York, Letitia James, ter ingressado com um processo separado contra a Gemini, a Genesis e o DCG, alegando fraude contra mais de 230.000 investidores, totalizando mais de 1 bilhão de dólares.
Tanto a Gemini quanto a Genesis enfrentaram dificuldades em 2022, em meio ao colapso do fundo de hedge de criptomoedas Three Arrows Capital e da FTX de Sam Bankman-Fried, o que levou a Genesis a entrar com pedido de falência em janeiro.
Em setembro, a Genesis e o DCG anunciaram que os clientes do Gemini Earn seriam "quase integralmente" ressarcidos por meio de um acordo de remuneração proposto.
Outro ponto relevante é o consenso entre a Genesis e a Gemini quanto às acusações da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que alegou que o Earn era um título não registrado. Em maio, ambas as empresas solicitaram ao tribunal a rejeição da ação movida pela SEC contra o programa.
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