16/10/2023
A China viu seu crescimento econômico desacelerar, atingindo 4,9% no ano durante o período de julho a setembro, o que representa uma queda significativa em relação aos 6,3% registrados no trimestre anterior, de acordo com o comunicado divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira.
O resultado surpreendeu positivamente, superando a média das previsões do mercado, que se situava em torno de 4,4%, baseada em uma pesquisa com economistas conduzida pelo Nikkei. A segunda maior economia do mundo parece estar ganhando terreno de maneira mais sólida após intervenções das autoridades.
O anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) ocorre durante o período em que a China sedia o Fórum Cinturão e Rota, e muitos observadores estão atentos para ver como Pequim planeja manter seu avanço em infraestrutura no exterior, à medida que o crescimento interno desacelera.
No decorrer do terceiro trimestre, a China implementou diversas medidas, incluindo cortes nas taxas de juros, com o intuito de estimular o endividamento de empresas e famílias e combater a lenta recuperação econômica após a pandemia de COVID-19. Uma das iniciativas para impulsionar a demanda no setor imobiliário, que vinha desacelerando, envolveu a redução dos valores de entrada para a compra de novas residências, em resposta às inadimplências de alguns incorporadores.
"Os indicadores macroeconômicos da China para o terceiro trimestre apresentaram fragilidades até setembro, quando finalmente começou a surgir um sinal de estabilização", afirmou o ING Bank.
Contudo, diante da ausência de uma trajetória de crescimento clara, as projeções para o PIB em 2023 têm sido divergentes. Nas últimas semanas, economistas chineses têm revisado suas estimativas tanto para cima quanto para baixo, mantendo-se próximas à meta oficial de cerca de 5%.
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